terça-feira, 22 de maio de 2012

Call Parade - Orelhões viram Obra de Arte em São Paulo.

As cem cúpulas de orelhões espalhadas por São Paulo viraram obras de arte na exposição Call Parade. Segundo a diretora da empresa Toptrends, que organizou a exposição, Catherine Duvignau, o objetivo do evento é conscientizar as pessoas sobre a importância do telefone público e sua preservação.



Call Parade, orelhões são obra de arte em São Paulo.

Vários arquitetos e artistas plásticos criaram obras de arte nos orelhões de São Paulo.

Foram selecionados cem artista, um para cada cúpula. Noventa deles foram escolhidos após seleção aberta ao público em que 357 projetos foram inscritos. Já os outros dez foram convidados, entre eles está o arquiteto Alan Chu, que carrega grande responsabilidade. Foi a mãe dele a arquiteta Chu Ming Silveira quem criou, em 1970, do projeto dos orelhões que até hoje ocupam as ruas do Brasil.

— Participar deste evento é uma forma de homenagear a minha mãe. É um meio de chamar atenção sobre este equipamento urbano que já existe antes mesmo de muitas das pessoas terem nascido. É como se fosse dar um novo olhar. A minha obra sairá da própria cúpula. Ela estará pintada toda de preto e vou aplicar uma sombra no chão, como se fosse real. Na verdade, o orelhão vai funcionar como um relógio de sol. - Alan Chu.


Call Parade em São Paulo.

Call Parade, evento em São Paulo colore os orelhões da capital.

Além de Chu, o famoso grafiteiro Eduardo Kobra e o artista plástico Juarez Fagundes, que assina a decoração de Natal da avenida Paulista, também terão obras na Call Parade. Com uma arte que sai da superfície da cúpula, Fagundes diz que a cidade de São Paulo está prepara para receber este tipo de intervenção urbana.



Call Parede, orelhões viram obra de arte.

Juarez Fagundes (à esquerda) e Vitor Rolim (à direita), artistas que participaram do evento.

Os telefones públicos no Brasil existem desde 1920, mas foi só em 1934 que foi adotado um sistema que possibilitava a cobrança antecipada, feita por moedas. Nesta época, os aparelhos ficavam em postos telefônicos e estabelecimentos credenciados, como padarias, cafés e bares. Foi apenas em 1971 que os telefones começaram a ocupar as ruas. São Paulo foi o primeiro Estado a receber cabines (13), feitas com vidros e cilindros. Logo depois, a arquiteta Chu Ming Silveira criou uma cúpula oval em fibra de vidro que foi acoplado a um suporte de metal, design que é adotado até hoje.

Segundo dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), em 1972, primeiro ano de contagem, existiam no Brasil 10.500 orelhões. Em abril de 2012, foram contabilizados 973.632 em todo o País. No Estado de São Paulo, são 203.622 aparelhos, sendo 48.800 mil só na capital paulista.

Link de Referência: R7 Notícias.